...

...

Correspondente do Banco do Brasil é preso por desviar mais de R$ 720 mil de alagoanos

Publicada em: 15/05/2025 16:12 - ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Um correspondente bancário ligado ao Banco do Brasil teve a prisão preventiva decretada após denúncias feitas pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL). Isso porque ele é acusado de aplicar um esquema fraudulento que desviou R$ 723.828,00 de contas de 67 clientes, incluíndo 17 idosos. O caso aconteceu na cidade de Olho D’Água das Flores, no Sertão alagoano.

De acordo com as informações, a decisão da Justiça também determinou o sequestro e a indisponibilidade dos bens do investigado. A Promotoria de Justiça da cidade, representada pelo promotor Alex Almeida, afirma que, a prisão e o bloqueio de bens podem ajudar no ressarcimento das vítimas.

“O Ministério Público acredita que com a prisão e o confisco dos bens as pessoas lesadas podem ser ressarcidas, exista uma reparação dos danos, porque os crimes cometidos são muito graves. Não daria, portanto, para tratarmos a ação criminosa como um estelionato. Temos 67 pessoas que tiveram suas contas invadidas, valores subtraídos, alguns chegando a vinte e trinta mil. No entanto, não importa se foi alto ou baixo, não era dele, e não tinha o direito de falsificar assinaturas, fazer transferências, sem falarmos que traiu a confiança do banco”, ressalta o promotor.

 

EMPRÉSTIMOS FRAUDULENTOS

As investigações revelaram ainda que o acusado, valendo-se do acesso privilegiado aos dados do banco, realizava transferências não autorizadas, contratava empréstimos fraudulentos e inseria dados falsos no sistema da instituição. Para dificultar a descoberta dos crimes, ele falsificava digitalmente autorizações e declarações. As operações passaram despercebidas por um longo período, tamanha a sofisticação da fraude.

O golpe ganhou contornos ainda mais graves por ter atingido idosos com idades entre 62 e 83 anos, vítimas que geralmente têm menos familiaridade com operações digitais e bancárias.

BLOQUEIO DE CONTAS

 

Além da prisão, foi solicitado o bloqueio de contas bancárias, bens móveis e imóveis, veículos, criptoativos e recursos usados em jogos eletrônicos. O MPAL considera que o esquema se configura como peculato (crime praticado por funcionário público contra a própria administração pública), inserção de dados falsos em sistema de informações e falsidade ideológica qualificada. Por fim, o caso segue sendo acompanhado pela Promotoria de Olho D’Água das Flores.

Com Agências

Compartilhe:
COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!
Carregando...